Cuidar da saúde bucal vai muito além das escovações diárias.
Além dos cuidados básicos, é preciso ficar atento a alguns hábitos nocivos e rotineiros que prejudicam a saúde bucal e que passam despercebidos.
Alguma vez você já passou por um período em sua vida em que precise de algo para mastigar, mantendo a boca sempre ocupada? O hábito de morder objetos começou a fazer parte da sua rotina?
Esta condição é definida por uma obsessão inconsciente envolvendo objetos para deixar a boca ocupada, tornando-se uma saída para o nervosismo ou ansiedade.
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Em um primeiro momento, palitar os dentes ou mastigar canetas parece inofensivo, mas de acordo com o especialista em Implantodontia e Estética Dr. Fernando Reis, com o passar do tempo, eles resultam em agressões graves à estrutura dentária e toda a musculatura envolvida.
“Em momentos de estresse e ansiedade, leva-se a caneta à boca por instinto, triturando o plástico com os dentes sem se dar conta do estrago em longo prazo. As diversas funções que temos que desempenhar podem causar hábitos parafuncionais com uma vasta diversidade de fatores causais associados à vida moderna, como combinação de inovações tecnológicas, com a intensificação do trabalho, com ritmos acelerados, responsabilidades e complexidade das tarefas. O diagnóstico é complexo e o tratamento envolve múltiplas formas de prevenção”, explica o especialista.
Mas o que esperar destes hábitos parafuncionais e qual o impacto que a saúde bucal pode sofrer? Primeiro vamos entender o que são hábitos parafuncionais.
Hábitos parafuncionais são hábitos que não fazem parte de uma função natural específica do ser humano, como por exemplo, morder canetas, grampos de cabelo e palitos.
São capazes de causar sérios danos à saúde bucal, gerando contrações musculares que podem desencadear, por exemplo, o bruxismo, que significa um problema de desordem funcional que se caracteriza pelo ranger ou apertar dos dentes durante a noite, podendo gerar desgaste e amolecimento dos dentes, problemas ósseos e gengiva.
Com o passar dos nossos anos, as estruturas dentárias que fazem a proteção dos dentes (esmalte, cemento, dentina e nervo) podem sofrer processos patológicos (conjunto de sintomas que se associam a certa doença) que terão impacto em todo o sistema estomatognático, incluindo a ATM (articulação temporomandibular).
O seu diagnóstico é apenas possível através de relatos dos acompanhantes, quando possível, e pela observação dos efeitos causados como desgaste dental, fraturas dentárias, problemas periodontais, disfunção temporomandibular (DTM) e, principalmente, fraturas protéticas e de restaurações.
A melhor maneira de controlar estas ações é indo ao cirurgião dentista para evitar problemas futuros. O uso de placa durante a noite é uma alternativa de tratamento aceitável e segura em curtos e médios prazos.
A terapia comportamental-cognitiva como psicoterapia, exercícios físicos e mudanças no estilo de vida que objetivam a redução do estresse e ansiedade é fundamental.
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